Lina Bo Bardi
Lina Bo Bardi foi uma arquiteta e designer de origem italiana. Ela entendeu que é graças à interação do homem que o design conquista significado. Lina, pessoa de profunda cultura, aplicou sua visão pessoal e muito democrática do design em todas as linguagens que usou para dar expressão à sua criatividade: foi arquiteta designer de produção, curadora, professora, ilustradora, decoradora e designer de moda. E em cada uma destas disciplinas colocava sempre o ser humano no centro do projeto. Suas criações densas e cheias de vida têm a inspiração na interação entre as pessoas, com a natureza, com os espaços públicos e particulares. Seus projetos são sempre dirigidos com grande sensibilidade e uma sincera curiosidade capaz de transformar tudo aquilo que faz em alguma coisa muito inovadora. O essencial tem grande importância para Lina tanto na natureza quanto no design, sempre colocando a participação humana no centro de tudo. Lina nasceu em Roma em 1914, se formou em 1939 na Faculdade de Arquitetura de Roma, com o trabalho de graduação "Núcleo Assistencial da Maternidade e da Infância". Colaborou até 1943 com Gio Ponti na revista Lo Stile - nella casa e nell'arredamento. Atuou também nas revistas Grazia, Bellezza, Vetrina e L'Illustrazione Italiana. Afastou-se de Gio Ponti e se tornou, com Carlo Pagani, vice-diretora de Domus e dos Quaderni di Domus até a suspensão da revista em janeiro de 1945. Os bombardeios de Milão pelos Aliados destruiram a cidade, inclusive seu estúdio na Via Gesù. Atuou junto a vários intelectuais e arquitetos simpatizantes da Resistência.
Anos depois fugiu da Europa para o Brasil fazendo deste país a sua residência. No Brasil, Lina Bo Bardi amadureceu sua pessoal interpretação do modernismo, com tons menos severos e mais divertidos. Em São Paulo projetou a Casa de Vidro – hoje sede do Instituto Lina Bo Bardi – assim como o Museu de Arte Popular do Unhão em Salvador na Bahia, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e em seguida o