Lina Bo Bardi

Achillina Bo, mais conhecida como Lina Bo Bardi, nascido em Roma, no dia 5 de dezembro de 1914 foi uma arquiteta modernista italiana. Estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma durante a década de 1930, mas mudou-se para Milão, onde trabalhou para Giò Ponti, editor da revista Domus. Ganha certa notoriedade e estabelece escritório próprio, mas durante a II Guerra Mundial enfrenta um período de poucos serviços, chegando a ter o escritório bombardeado. Pouco depois conhece o escritor e arquiteto Bruno Zevi, com quem funda a revista semanal A cultura della vita. Neste período Lina ingressa no Partido Comunista Italiano e participa da resistência à ocupação alemã. Em 1946 casa-se com o jornalista e crítico de arte Pietro Maria Bardi em 1946 e neste ano, em parte devido aos traumas da guerra e à sensação de destruição. É nesse ano que Lina parte para o Brasil, onde passará o resto da vida, mas só em 1951 naturaliza-se brasileira.
No Brasil, Lina encontra uma nova potência para suas idéias. Diferente do pensamento Europeu, a arquiteta encontra aqui um pais com uma cultura recente e em formação, o que facilita a concretização das idéias propostas pela a arquiteta moderna. No País, Lina desenvolve uma imensa admiração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho. Inicia então uma coleção de arte popular e sua produção adquire sempre uma dimensão de diálogo entre o Moderno e o Popular. Lina fala em um espaço a ser construído pelas próprias pessoas, um espaço inacabado que seria preenchido pelo uso, pelo uso popular cotidiano.
“Eu tenho projetado algumas casas, mas só para pessoas que eu conheço. Tenho horror em projetar casas para madames, onde entra aquela conversa insípida em torno da discussão de como vai ser a piscina, as cortinas (...) Gostaria muito de fazer casas populares.” – Lina Bo Bardi
A frase mostra o estilo pessoal de Lina e o seu horror à futilidade. Seus projetos, como a Casa Valéria Cirell e o