Lina Bo Bardi
Arquiteta brasileira de origem italiana.
Nasceu em 05 de dezembro 1914. E morreu em 20 de março 1992.
Lina estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma durante a década de 1930. Forma-se em Arquitetura em 1946 e casa-se com o jornalista Pietro Maria Bardi e neste ano, parte para o Brasil, país que acolherá como lar e onde passará o resto da vida. Mas mudou-se para Milão, onde trabalha para Giò Ponti, editor da revista Domus. Ganha certa notoriedade e estabelece escritório próprio, mas durante a II Guerra Mundial enfrenta um período de poucos serviços, chegando a ter o escritório bombardeado. Conhece o escritor e arquiteto Bruno Zevi, com quem funda a revista semanal A cultura della vita. Neste período Lina ingressa no Partido Comunista Italiano e participa da resistência à ocupação alemã.
Em 1951 naturaliza-se brasileira.
No Brasil, Lina encontra uma nova potência para suas idéias. Existe, para a arquiteta, uma possibilidade de concretização das idéias propostas pela arquitetura moderna, num país com uma cultura recente, em formação, diferente do pensamento europeu. Ao chegar no Brasil, Lina deseja morar no Rio de Janeiro. Encanta-se com a natureza da cidade e o edifício moderno do Ministério da Educação e Saúde Pública (Edifício Gustavo Capanema, projetado por uma equipe de jovens arquitetos liderados por Lucio Costa que tiveram consultoria de Le Corbusier). Instala-se porém em São Paulo, projetando e construindo, mais tarde, uma casa no bairro do Morumbi, a Casa de Vidro.
No País, Lina desenvolve uma imensa admiração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho. Inicia então uma coleção de arte popular e sua produção adquire sempre uma dimensão de diálogo entre o Moderno e o Popular. Lina fala em um espaço a ser construído pelas próprias pessoas, um espaço inacabado que seria preenchido pelo uso, pelo uso popular cotidiano.
Os Bardi tornam-se personagens constantes na vida