LIMITES E POTENCIALIDADES DO PLANEJAMENTO URBANO
LIMITES E POTENCIALIDADES DO PLANEJAMENTO URBANO
As urbanização foi criada a partir da necessidade de contato, comunicação, organização e relações entre os homens, só que a partir da segunda metade do século XX, reconhecemos que a imagem de cidade ordenada, controlada, domesticável e planejável, apenas aguardando para ser cientificamente analisada e revelar suas leis, se moveu gradualmente para uma imagem de ambiente perverso, indomável, controlado por tensões sociais, assim passando por uma série de questionamentos e mudanças.
Valorizando o papel de diferentes atores e suas práticas no espaço urbano, no começo dos anos 70, Henri Lefebre com o direito à cidade (1968), Revolução Urbana (1970) e o pensamento marxista e a cidade (1972), Manuel Castells com a questão Urbana e David Harvey com a Justiça social e a cidade, proporcionam uma renovação Significativa no debate crítico da pesquisa urbana.
Criticando duramente a concepção de cidade desenvolvida pelo pensamento modernista, o elemento “produção social” foi fundamental nas análises dos autores, principalmente Harley e Castells, que discutiram a cidade de forma menos mecanicista e mais orgânica, e esse processo desenvolve-se num meio espacial estruturado, criada pelo homem. A cidade pode por isso ser olhada como um ambiente tangível construído – um ambiente que é um produto social.
O planejamento Urbano no Brasil foi pautado em instrumentos urbanísticos, tendo nos Planos Diretores e Leis de Uso e Ocupação do Solo seus representantes mais pragmáticos, que se tornaram “opções” mais que perfeitas para solucionar as mazelas sociais., Contudo, muitos desses planos só tiveram a pretensão de guiar a orientação ao ambiente construído, não enfrentando as questões sociais. Ao que se referem especificamente as cidades brasileiras, podemos pensar que o planejamento teve na cidade uma visão que priorizou a ordenação do território, sua configuração arquitetônica, seus equipamentos coletivos, acabando por