Lili Marleen

Apresentado e baseado na autobiografia da cantora Lale Andersen, Lili Marlene, do diretor Rainer Werner Fassbinder se encaixa em um gênero de drama, no qual o cineasta quer explorar e mostrar o “mundo” nazista de uma forma diferente, tornando a personagem principal na cantora mais conhecida no período de Hitler. Em Lili Marlene o diretor quer utilizar de uma câmera que não nos apresenta a cena nos mínimos detalhes, quer nos guiar ao nosso próprio entendimento dos fatos e da realidade. Podemos perceber no filme que o diertor não quis explorar totalmente as cenas, nos dava a visão de espionagem, a câmera não entra externamente em cômodos, como um alguém de fora que olha para dentro, mas ela se porta como um olhar que já se encontra dentro da cena¹. O olhar da câmera na cena da guerra nos mostra um campo de visão totalmente discutivel e imaginável, em sua primeira aparição nas cenas do filme Willie (Lili Marlene) é mostrada de uma visão simples, fazendo com que o público se distancie e imagine as possibilidades do que está acontecendo. Na próxima cena, podemos observar que não há diferenciamento na questão do descritivo narrativo de algumas cenas, um filme onde uma única música descreve toda emoção que o diretor quer passar para o receptor. Podemos observar a passagem em que mais pude sentir o impacto da câmera, uma cena onde há um grande espetáculo promovido pelos nazistas e ao mesmo tempo, em que há uma orquestra tocando mostra as cenas de guerra e de destruição, neste momento pela posição da câmera podemos nos sentir espionando todo aquele conjunto de sons e efeitos, por fim, a câmera dá foco a Willie após interpretar a canção Lili Marlene, é possível sentir e ouvir os aplausos com os sons de tiros do confronto, e as flores jogadas no palco em forma de agradecimento com imagens de explosões na guerra que está acontecendo no mesmo tempo, mostrando a diferença das situações e que nenhuma canção por mais especial que seja, não pode trazer