Ligação do Sertanejo e alcool
Embora não pareça, as musicas sertanejas nos induzem a beber bebidas alcoólicas. Pesquisas apontam que de 48 duplas pesquisadas, apenas 7 não falam de bebida alcoólica em suas musicas. Dessas 48 duplas, 243 letras apontam como o álcool te faz sentir bem e como é fácil conseguir o que se quer estando alcoolizado. Apesar de notarmos isso em musicas atuais, a maioria das musicas antigas do gênero sertanejo também abordam a “bebedeira”.
O que leva os jovens a acreditar que o álcool pode sim te trazer coisas boas é a facilidade com que é abordado tal tema, como conseguir mulheres, sexo, dinheiro. É difícil encontrar uma musica que fale dos acidentes, das crianças com problemas, etc. O tema é comum, fácil de entender e também muito fácil de ligar a coisas boas.
Muitos criticam gêneros que, por sua origem, deveriam falar de bebidas, drogas, e, no entanto é muito fácil achar musicas que critiquem o alcoolismo e o uso de drogas, como o Rap.
E, o mais interessante, é que isso não tem nada a ver com a sua origem. O sertanejo surgiu em 1910 e só foi realmente divulgada em 1929, eram grupos ou duplas simples que prezavam a família, pessoas mais “antigas”. Isso muda a partir da década de 80, quando as musicas ganham uma temática mais nova e moderna, buscando atrair as pessoas das grandes cidades e fazer sucesso, falando de temas como traição, amor e bebida.
O que temos agora é o Sertanejo Universitário, uma nova roupagem da musica sertaneja. Surgiu quando jovens ingressaram na faculdade e trouxeram seus violões, assim fazendo com que as musicas antigas tenham um novo ritmo, isso aconteceu em 1990, e anos depois começaram a colocar instrumentos como guitarra, baixo, bateria e outros instrumentos considerados “modernos”.
Em 2011 esse gênero estourou, com cantores como Paula Fernandes e Michel Teló. Com musicas que grudam, esses cantores não pararam mais de fazer sucesso. Surgiram também Luan Santana, Gustavo Lima, e outros. Seu ritmo dançante na maioria