Ligas com memória de forma
As ligas com memória de forma (ShapeMemoryAlloy) consistem em um grupo de materiais metálicos que possuem a habilidade de retornar a um formato ou tamanho previamente definido quando submetidas a mudanças de temperatura, ou seja, quando submetida a um ciclo térmico adequado. As memórias de forma são possíveis graças às mudanças na estrutura cristalina do material, mudanças que são dependentes da temperatura à que as ligas estão submetidas. Ligas com memórias de forma são aplicadas em atuadores, válvulas solenóides e tem grande aplicação na área da robótica.
História da memória de forma.
Os efeitos da memória de forma em ligas metálicas foram observados, primeiramente, em 1938 por Arne Olander, em que a transformação resultante de um movimento coordenado ou coorporativo entre os átomos, pode ser induzido por tensão mecânica e após, desaparecer com o aquecimento. Esse efeito foi apresentado em um experimento realizado por Mooradian, do MIT (Massachussetts Institute of Technology) e Greninger, da Harvard University, porém foi somente em 1962, com a descoberta do Nitinol, que essas ligas foram exploradas vastamente.
Foi no ano de 1962 que Buehler descobriu o efeito da memória de forma em uma liga de Níquel Titânio (NiTi) que ficou conhecida como Nitinol. Após a descoberta de Buehler, o interesse pela utilização destes materiais cresceu exponencialmente, com aplicações que vão desde a utilização na medicina como em outras estruturas. As ligas de maior importância, por atender a essas características, são NiTi, CuZnAl e CuAlNi. As ligas NiTi apresentam boas aplicações mecânicas e boa compatibilidade biológica, tornando-as as mais utilizadas em aplicações comerciais.
Comportamento termomecânico das SMA.
O comportamento das SMA pode ser comparado com o de uma esponja na qual está aplicando-se uma pressão. Enquanto a pressão estiver sendo aplicada na esponja, sua forma geométrica ficará deformada. Contudo, se a