Ligando o Taxímetro
Definitivamente, tem coisas que acontecem e ficam na vida de cada um de nós. Às vezes são palavras, outras vezes são cenas — enfim, momentos. Vamos abordar um tópico tão importante agora que iniciarei comentando uma cena que sempre vem à minha mente quando penso em produtividade, administração do tempo e automotivação.
Morei muitos anos no Rio de Janeiro e lá todos os táxis comuns são amarelos, logo, de fácil identificação. Quando eu tinha meus 18, 19 anos estudava à noite e trabalhava de dia. E como todo começo é começo, eu ia pro trabalho de ônibus. Eu sempre dava um jeitinho de ir na janela porque sabe como é... nem todo mundo gosta desodorante, de um bom perfume e, além disso, o visual do Rio não cansa de tão bonito que é. Invariavelmente, nessa fuga dos odores indesejáveis, meu olhar esbarrava numa concentração de táxis. Em um primeiro momento, pensei que a cidade era estrategicamente abastecida de pontos de táxis. Mas com o passar do tempo (eram quatro ônibus por dia, dois para ir e voltar da faculdade) fui notando que os pontos ficavam próximos demais dos famosos “botecos da esquina”. Não importava o horário — 7 da manhã, 6 da tarde, 11 da noite, hora em que eu retornava da faculdade — podia-se topar com os taxistas tomando seu cafezinho, sua cervejinha, lendo o jornal, almoçando fartamente, comentando a atuação do time do coração no jogo do dia anterior e, principalmente, reclamando que as coisas estavam difíceis...(afinal, o país estava em crise!)
Com base no texto acima, vamos a um questionário-relâmpago:
1. Tinha algum carro bem conservado e do ano no ponto?
É claro que não, os carros novos e bem conservados estavam rodando em busca de passageiros.
2. Você tem dúvida que o taxista compra fiado no boteco e que a conta está vencida?
Mas ele garante que na próxima corrida paga tudo.
3. E quando ele finalmente chega em casa, o que fala pra mulher e pros filhos?
O dia foi fraco, só peguei corridas curtas,