Liderança
Como se sabe, não é tão simples conceituar de forma completa e numa só frase e verdadeiramente a liderança. Para Selznick, o “líder é aquele que transforma uma organização comum numa verdadeira instituição”². É quem conseguirá fazer dela um grupo social consciente dos seus objetivos e valores, capaz de afirmar-se perante os seus seguidores e resistir quando sua identidade for ameaçada.
Já para Ritter³, trata-se de um fenômeno complexo, devendo o líder combinar quatro talentos, a saber: * Talento cognitivo: a capacidade de interpretar o mundo para compreender os objetivos a que a organização deve visar; * Talento social e político: capacidade de compreender o funcionamento do sistema social que é a organização e capacidade de influir sobre sua evolução por meio de decisões que dizem respeito às estruturas e regras, bem como às particularidades dos indivíduos e dos grupos que o levam a ser detentor da autoridade formal; * Talento intrapsíquico: capacidade de pensar no seu próprio poder e perceber os perigos das suas próprias paixões; * Talento ético: capacidade de compreender que o poder organizacional atribui-lhe uma responsabilidade frente ao outro, na medida em que arrasta aqueles que o seguem na sua interpretação do mundo e sua ação sobre o social.
Predomina, no mundo inteiro, a preocupação a respeito da falta de líderes eficazes. Essa descoberta nasceu, provavelmente, do mito de que a competência para dirigir pessoas depende de talentos invulgares, tais como um grande carisma pessoal. Assim,