Liderança e Integridade - Ronaldo Lidório
CAPÍTULO 1 – Integridade de Coração
“Nada do que tocamos é eterno.”
Essa frase de Charles Kerman nos ajuda a responder à seguinte pergunta: Quais são os critérios com os quais Jesus julga a nossa vida?
Frequentemente julgamos a vida alheia mais a partir de valores esternos, contábeis e visíveis do que pelo que se passa no coração.
A sociedade nos leva a crer que somos aquilo que aparentamos. E não são raras vezes que nos julgam pelos nossos títulos, realizações, influencia e tantas outras credenciais que tentam, plasticamente, definir nossa aparência pública.
Possuímos uma tendência natural para nos escondermos. Somos, por isso, seres fabricantes de máscaras. Construímos mascaras com o mesmo intuito dos povos tribais em seus rituais xamanicos: para engano do próximo e manipulação social.
Como seres fabricantes de máscaras, ao chegarmos ao ponto de engano coletivo, com os de longe e os de perto, nos propomos a uma nova empreitada, ainda mais desafiadora: construir máscaras que enganem não apenas o outro, mas também a nós.
A construção de máscaras de engano e autoengano é uma prática pecaminosa que nos leva para longe de uma conversa franca e necessária sobre nossa vida.
Por tudo isso, eu o convido, neste momento, a deixar cair qualquer máscara que você possa ter construído ao longo dos anos e, por acaso, esteja usando. E então olhe-se em um espelho íntegro, sem reservas, na presença do Espírito do Senhor que nos conhece e nos leva ao caminho da verdade.
O elemento principal com o qual Jesus nos avalia é bem menos visível menos contábil e certamente menos observado por aqueles que nos cercam, pois ele nos vê no íntimo, sem máscaras, manipulações ou enganos.
É fato que não podemos purificar nosso próprio coração. Dentre tantas verdades marcantes do cristianismo, uma delas é esta: nós dependemos de Deus. E dependemos dele para crer, para segui-lo e para nos parecermos mais e mais com o Filho.