Liderança estratégica e criação de valor
As organizações são muitas coisas ao mesmo tempo! Elas são complexas e têm muitas facetas. Elas são paradoxais (MORGAN, 2002).
Talvez o ambiente de uma organização se transforme rápido demais para uma só pessoa lidar com tudo que o caracteriza. Entendo que a compreensão de sistema, bem como a necessidade de um alvo é fundamental. Os líderes hábeis na leitura da vida organizacional têm a capacidade de serem abertos e flexíveis, desenvolvendo visão abrangente da situação.
ROWE reporta no seu artigo a crença de alguns especialistas na diferença que os líderes podem fazer. Entretanto, reitera o tema como extremamente amplo e desgastado entre alguns grupos (GARDNER e AVOLIO, 1998; CHEN e MEINDL, 1991; KERR e JERMIER, 1978; MINDL et al., 1985; MEINDL, 1990). Ele apresenta a liderança em três tipos: a gerencial, cujas atitudes calculadas e conservadoras podem ser valiosas para os investidores; a visionária, divulgada como a cura de muitos males que afetam as organizações (CONGER, 1991; NATHAN, 1996) por ter o futuro em vista; a estratégica, de sua preferência, porque proporciona condições favoráveis ao processo da criação de valor, tanto nas organizações recentes quanto nas estabelecidas há mais tempo.
Adoto como referência o fato de gerentes e funcionários tomarem decisões todos os dias ao interagirem entre si e com grupos de poder, principalmente os clientes, os fornecedores e as comunidades em que atuam. Menciono, também, que a confiança nos gerentes e funcionários para tomarem decisões que beneficiem a organização, significa para a alta administração menos esforços no monitoramento e controle, além de maior capacitação em inteirar-se do que a organização necessita. Assim, um looping se forma com o exercício de resposta às perguntas: as decisões que vêm sendo tomadas todos os dias estão de acordo com a direção estratégica da organização? Vão aumentar a viabilidade futura da organização? E a estabilidade financeira