Liderança coaching
Na visão tradicional, o líder é concebido como um indivíduo carismático que possui características inatas e extraordinárias, e que a partir dessas particularidades conduz seus “seguidores”. A diferença nas suas ações é que exerce influência sobre os demais e determina suas condutas. Em 90% da bibliografia atual sobre liderança seu enfoque está centrado na questão da influência. Esta visão sobre a liderança, que se baseia no paradigma da influência, traz a crença implícita de que liderar é ‘fazer que o outro faça o que eu quero’. O fracasso desse modelo se deve a que o mesmo não é mais que uma visão moderna e sofisticada da concepção tradicional de ‘mando-controle’, que tenta substituir a ordem pela influência.
Desde essa perspectiva, não é estranho que surja frequentemente nas pesquisas de ‘ambiente organizacional’ uma grande porcentagem de pessoas que sentem que não crescem profissionalmente, que apenas contribuem com mais ou menos 20 e 30% de sua capacidade produtiva e que não tenham possibilidades de desenvolver sua capacidade. Também não é de se estranhar que isso gere frustração, desmotivação e baixa produtividade.
A meu ver, essa questão não tem solução até que não mudemos nossa noção de liderança. E é por isso que proponho que pensemos na liderança desde um paradigma de desenvolvimento humano e organizacional. Dentro dessa concepção, existem cinco possibilidades básicas que definem as ações as quais todas as pessoas devem desempenhar para assumir o ato de conduzir desde a liderança, e que concebem este papel desde o paradigma do desenvolvimento:
Visionar
Um dos compromissos implícitos que qualquer pessoa que se