Licurgo Jos Henrique De Paiva
Em 1866, ainda como estudante do curso preparatório, estreia com o livro de poesias "Flores da Noite". O trabalho recebe comentários elogiosos ao longo do país inclusive de Tobias Barreto, que prefacia a obra. Em instantes o poeta alcança fama literária e, passando a conviver com grandes expressões culturais da Veneza Brasileira, logo se envaidece, abandona os estudos e parte para a boemia. Mesmo desgostoso com a atitude do filho, o pai o traz de volta para Teresina.
Em 1867 publica o poemeto "Noite de Luar" e em outubro do mesmo ano assume o cargo de amanuense do 1º Distrito da capital, nomeado como suplente do subdelegado de polícia anterior, que havia sido transferido. Sempre contando com o prestígio das autoridades locais se torna orador nos eventos políticos. Ao ser intimado pelo protesto de uma letra da quantia de 700$000 (setecentos mil reis) sacada por Guilherme Pereira Ramos, aceita por Licurgo e endossada por aquele a João Luiz da Silva & Companhia, vai para o interior e fica em casa de amigos. Contudo o incidente não lhe tira o prestígio e, contando com o apoio de lideranças locais, é isento das acusações, mantendo-se no cargo até dezembro de 1869.
Algum tempo depois torna-se redator do jornal "A Província do Piauí" e em 1873 sofre um atentado na travessa da rua da Glória, em Teresina, enquanto retorna para casa, sendo brutalmente espancado e ferido. Durante o interrogatório, Licurgo aponta como seus agressores dois criados à mando do