licença maternidade
Ao longo da história da humanidade podem-se observar constantes transformações sociais, culturais, políticas e econômicas que caracterizam o modo de viver de épocas, determinando o comportamento e a forma de se relacionar das pessoas deste período, mudanças estas que refletem também nas relações familiares. A mulher tem desempenhado diferentes funções ao longo da história, reduzindo as barreiras que operam dividindo o que é para homens e o que é direcionado as mulheres, misturando-se as responsabilidades entre os sexos. Porém, embora se modifiquem suas responsabilidades, a maternidade (o gerar um bebê), devido a fatores biológicos, é algo exclusivo das mulheres. Contudo, o valor atribuído ao relacionamento entre mães e filhos ao longo da história nem sempre foi o mesmo, apresentando posições diferentes e muitas vezes divergentes se comparados.
Durante o século XVII, período denominado de Idade Média, o sentimento de família e de infância praticamente não existia (ARIÉS 1981). Neste período prevalecia uma cultura Patriarcal, no qual defendia a superioridade masculina, sendo que a mulher ocuparia uma posição inferiorizada equiparando a uma criança, sendo-lhe atribuída pouca ou nenhuma importância. Durante este período assim que as crianças podiam prescindir dos cuidados maternos ou das amas, passavam á condição de adultos, misturando-se a eles em suas atividades. Os casamentos eram por contrato baseando-se em interesses econômicos e alianças políticas, não havendo qualquer manifestação de afetividade entre os casais, ou mesmo entre pais e filhos, o amor conjugal assim como o amor entre a família não era necessário, o importante era ter o poder, o que era obtido através das posses. Fatos estes que para Moura e Araújo (2004) contribuíram para o alto índice de mortalidade infantil neste período, onde a falta de apego das mães em relação aos filhos era justificada pelo pouco tempo de contato que