Licenciado - Bacharel
1. Introdução
Os parasitos do gênero Leishmania, transmitidos ao homem por insetos flebotomíneos determinam infecções denominadas leishmanioses, que afetam particularmente o sistema fagocítico mononuclear. Embora as leishmanioses e seus agentes etiológicos venham sendo estudados no Brasil desde o início do século XX, somente em 1972 Ralph Lainson e Jeffrey Shaw propuseram uma classificação coerente das leishmânias das Américas, com base em critérios clínicos, epidemiológicos e biológicos. O gênero Leishmania compreende 21 espécies que causam doença humana, transmitidas por cerca de 30 espécies diferentes de flebotomíneos.
2. Descrição da morfologia externa e interna
Os parasitas do gênero Leishmania, são flagelados pertencentes à família,
Trypanosomatidae da ordem Kinetoplastida, são parasitas dimórficos, que ocorrem como amastigotas intracelulares nos hospedeiros vertebrados e como promastigotas flagelados em hospedeiros invertebrados e em cultura.
Os amastigotas são formas intracelulares arredondadas ou ovóides, apresentam um núcleo oval grande e excêntrico, possuem uma estrutura denominada cinetoplasto, que é uma extensão da mitocôndria contendo cerca de 15% do DNA total do parasita situado próximo ao núcleo. Já os promastigotas são formas extracelulares alongadas, com cinetoplasto em posição anterior ao núcleo e flagelo livre. O flagelo consiste de feixes paralelos
de microtúbulos, envoltos em ma bainha citoplasmática, que se projetam para a extremidade anterior do protozoário.
Figura 01: Representação esquemática (REY, 2002)
3. Formas de reprodução e ciclos de vida do parasita
Apesar da diversidade de hospedeiros, todas as leishmânias apresentam ciclo vital semelhante. A forma infectante para o hospedeiro vertebrado é o promastigota metacíclico, que se aloja no intestino anterior e faringe de flebotomíneas fêmeas. Os promastigotas são transmitidos aos seres humanos e demais hospedeiros vertebrados durante o