Liccenciado

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MENOR PAULISTANO: LAZER ÚTIL É SOLUÇÃO

Recreação deve vir da escola

O que fazer para resolver o problema infanto-juvenil em São Paulo?

A desocupação e a ociosidade de dezenas de milhares de crianças e adolescentes – situação característica de São Paulo – são um permanente convite para uma actividade menos útil, quando não nociva.
Já houve quem definisse – não sem uma dose de razão – os movimentos juvenis surgidos ultimamente no mundo inteiro, como um «movimento dos ociosos». Algumas pessoas, ao mesmo tempo em que reconhecem a legitimidade das aspirações juvenis e compreendem seu carácter agressivo, negam a seus portadores a autoridade necessária para o questionamento que fazem da vida social.
Segundo essa corrente de opinião, os membros desses movimentos são rapazes e moças a quem não se transmitiu o sentido do dever, do trabalho próprio para garantir a sobrevivência e da autodisciplina na vida. Não conhecem, tais jovens, esses sentimentos e perderam - se algum dia tiveram - todo o "elan", interesse e curiosidade tipicamente juvenis, sendo inferiores às instituições que renegam e questionam, mais por incapacidade e inércia que por uma verdadeira superação intelectual e moral das mesmas. Uma geração ociosa, em suma, segundo essa corrente.
Mas presente, num permanente desafio a tudo e a todos.

Ocupá-la eis uma solução.

Mas ocupá-la com quê?

Os projectos individuais de seus pais – realizados ou frustrados, não importa muito o resultado – não conseguem entusiasmá-la e ao contrário, são razão de seu aborrecimento.
É preciso chamá-la a uma realização que transcenda os limites do projecto individual e pessoal – a nova geração compreende que não existe mais isoladamente, percebe o quanto seu destino e seu futuro se vincularam às demais pessoas.

Um projecto colectivo que envolva os próprios destinos da Nação parece cada vez mais o único capaz de envolvê-la. Aí estão os resultados da «Operação Rondon» a demonstrá-lo, como amostra do muito a ser

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