Libras entrevista sueli ramalho
Análise Síntese e Explicativa do Documentário: “Sou surdo e não sabia”
As expressões cultura e identidade surda, têm se legitimado, principalmente, pela defesa da língua de sinais como sendo a língua natural dos surdos. Essa defesa se faz por meio de uma inversão teórica que toma a língua, num primeiro momento, como determinada pelas práticas e interações sociais e, num segundo, faz dela a definidora dessas mesmas práticas. Este artigo discute os mecanismos de legitimação dessa inversão e suas implicações sociais e teóricas.
Com o vídeo “Sou surdo e não sabia”, afirma-se, de certa forma que, os surdos sempre foram, historicamente, estigmatizados, considerados de menor valor social. Afinal, faltava-lhes a característica eminentemente humana: a linguagem (oral, bem entendido) e suas virtudes cognitivas. Sendo destituídos dessas “virtudes”, os surdos eram “humanamente inferiores”. A língua de sinais era considerada apenas uma mímica gestual, e sempre houve preconceitos com relação ao uso de gestos para a comunicação. A exclusão profissional e social dos surdos naquela época e ainda hoje confirma que a linguagem pode ser fonte de discriminação e de organização social restritiva. Essa discriminação não ocorre apenas quando há diferenças de nacionalidade, cor, perfil socioeconômico ou religião. Entre os surdos e os ouvintes há uma grande diferença que os distingue: a linguagem oral.
O vídeo também traz como informação, a adaptação de diversos modelos de educação para surdos, como: escola integrada, escola/instituição oralista e escola bilíngue.
O Documentário
O documentário relata a história de Sandrine, que nasceu surda em uma família de ouvintes. Como na época de seu nascimento não era realizados testes auditivos em crianças, Sandrine cresceu sem saber que era deficiente auditiva, freqüentava escolas normais e se sentia isolada sem saber como as outras pessoas se comunicavam. Sandrine só