Libras: Aspectos linguisticos
LETRAS/LIBRAS COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS
Libras: Aspectos Linguisticos
Nome do aluno: Nehemias Nasaré Lourenço
Polo: Campina Grande/PB
Inicio: 05/05/2014
Campina Grande
08/09/2014
Libras: Aspectos Linguísticos
Antes de nos atermos aos aspectos linguísticos da Libras, faz-se imperioso que primeiramente definirmos o termo “Libras” e partir daí caracterizar os aspectos linguísticos da mesma.
A Língua Brasileira de Sinais, ou seja, a LIBRAS é a língua que pertence à comunidade surda brasileira. Ela foi reconhecida como tal pela Lei 10.436/2002 e pelo Decreto-lei n° 5.626/2005. Como se trata de uma língua torna-se errôneo dizer, então, que a mesma baseia-se apenas em gestos e mímicas, pois tal ideia se assemelharia ao posto por Karnopp (1992. pp. 24-32, quando este diz que
A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos; haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas as pessoas surdas; haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais; a língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral. (Karnopp, 1992, pp. 24-32)
Ora, se tomarmos tudo isso como verdadeiro, o dito de Karnopp sobre a língua em evidência a desconstruiria como língua. Contudo, recentes estudos provam que tais concepções são errôneas. Cremos que a Libras, assim como as demais línguas de sinais, são regidas por sistemas abstratos de regras gramaticais, naturais às comunidades surdas. Segundo Quadros (1997, p. 47) “essas línguas, apesar de apresentarem algumas formas icônicas, são altamente complexas. (...) Assim como com qualquer outra língua,