LIBERDADE
Ao longo do livro verifiquei que a liberdade é falada em diversos aspetos como por exemplo fala dos animais, pois estes não podem ser livres, ou seja, não podem deixar de ser como são e de fazer aquilo que naturalmente estão programados para fazer.
Por muito grande que seja a programação biológica ou cultural, nos seres humanos, podemos acabar por optar por algo que não está no programa. Podemos dizer “sim” ou “não”, “quero” ou “não quero”. Por muito apertados que nos vejamos nas circunstâncias, nunca temos um só caminho, mas sempre muitos. Quando falamos de liberdade é a isto que nos referimos, é verdade que não podemos fazer tudo o que quisermos, mas também é certo que não somos obrigados a fazer uma coisa só. Com isto convém introduzir dois esclarecimentos á cerca da liberdade:
1. Nós não somos livres de escolher o que nos acontece nascido certo dia, de certos países…, mas somos livres de responder desta maneira ou daquela ao que nos acontece.
2. Sermos livres de tentar alguma coisa nada tem a ver com a sua obtenção indefetível (de não falhar). A liberdade não é a mesma coisa que seria alguém conseguir sempre aquilo que quer, ainda que tal pareça impossível. Por isso, quanto maior capacidade de ação tenhamos, melhores resultados poderemos obter da nossa liberdade.
Na realidade existem muitas forças que limitam a nossa liberdade é uma força no mundo, a nossa força. Mas, se falarmos com pessoas vemos que a maioria tem muito mais consciência daquilo que limita a sua liberdade do que a da própria liberdade.
Uma pessoa pode considerar que optar livremente por certas circunstâncias é muito difícil (entrar numa casa em chamas para salvar uma criança , por exemplo…). É melhor dizer que não há liberdade para não se reconhecer que livremente se prefere o mais fácil, quer dizer, esperar pelos bombeiros ou lamber a bota que nos pisa a garganta.
A liberdade não é uma filosofia e nem sequer é uma ideia: é um movimento de consciência que