Liberdade e Igualdade
A plenitude da democracia grega se deu com as experiências democráticas que ocorreram em Atenas e se irradiou por toda a Grécia, implicando em formas de participação popular. Em alguns casos houve tentativas de implantação de governos populares sob a direta influencia de Atenas. Por outro lado, mesmo nas cidades onde a democracia não era exercida com a mesma plenitude de Atenas, pelo menos existiam canais de comunicação (assembléias) entre o poder publico e os cidadãos. Mas somente em Atenas a democracia desenvolveu-se de forma institucionalizada, ou seja, um governo do povo, exercido pelos cidadãos reunidos em Assembléias.
A noção de cidadania na cultura política grega determinava a vinculação do cidadão a uma determinada polis, por laços essencialmente familísticos, estabelecendo a permanente obrigação de defesa da cidade, contribuindo para seu bem geral e o direito de opinar sobre o destino de suas cidades.
Numa sociedade patriarcal como a de Atenas, as mulheres não tinham direito a voz e nem a voto nas decisões publicas, mas eram relevantes as suas contribuições na formação da opinião publica, ou seja, sua participação se dava através do aconselhamento a seus maridos e seus filhos nas tomadas de decisões e nos destinos das cidades.
Os estrangeiros eram considerados hóspedes sem cidadania mas, possuíam direitos privados assegurados por lei, embora sujeitos a restrições. Os escravos também não eram considerados cidadãos, visto que não podiam opinar de forma alguma sobre os negócios públicos, mas, eram respeitados como uma dignidade humana socialmente protegida por lei.
Na democracia grega a liberdade era ao mesmo tempo um atributo de cidadania e um requisito para exercê-la. A liberdade para os atenienses era tida como um sentimento de orgulho em relação aos povos de outras cidades, entretanto, essa liberdade era delimitada pelos direitos do Estado, face as obrigações de disciplina cívica, a submissão as autoridades