Liberdade sexual feminina
As questões sobre a sexualidade feminina têm aspectos diferentes em cada época histórica. É inegável que tivemos muitos avanços na manifestação da sexualidade da mulher, principalmente com o surgimento da pílula anticoncepcional. Houve uma verdadeira revolução sexual, permitindo que o sexo não tivesse um único fim, mas que também fosse uma prática prazerosa. Mas será que as mulheres exercem a sua sexualidade livremente?
A moral burguesa e a igreja pregam a idéia de que o sexo serve apenas para a procriação, não sendo privilégio da mulher sentir qualquer tipo de prazer, isso estaria reservado somente às mulheres de “vida fácil”. Domesticada desde a infância a desempenhar o papel de esposa e rainha do lar, a mulher, durante muito tempo, não pôde conhecer seu corpo, satisfazer seus desejos ou escolher o seu parceiro sexual. Em algumas sociedades, até hoje, cultiva-se a prática de mutilação do clitóris em mulheres e crianças a partir de 5 anos de idade. Esse ato causa inúmeras conseqüências à saúde da mulher, como: choque cardíaco, hemorragias, sangramentos e complicações em órgãos vizinhos, fora as repercussões mentais como: depressão, ansiedade e angústia.
Atualmente ainda existe muito preconceito com relação ao comportamento sexual das mulheres. Muitas são chamadas de promíscuas e devassas por não terem um parceiro fixo ou por não enxergarem a sexualidade como um tabu. Não se trata de obter prazer a qualquer custo e sim de ter a liberdade de escolher se quer fazer sexo ou não, de exigir a camisinha, e de ter uma relação que não necessariamente esteja vinculada à relação amorosa. Mas, principalmente de conhecer o próprio corpo através da masturbação, sem culpa e com auto-satisfação sexual.
A erotização do corpo da mulher transmitida nos dias atuais, nas letras de funk, nas roupas e danças, demonstra que o corpo feminino passou a ter valor de mercado. Paralelo a isso, o imperialismo promove a imagem da mulher executiva como