Liberdade, decisão e ação
CAMPUS CORAÇÃO EUCARÍSTICO
ENGENHARIA ELÉTRICA
LIBERDADE: VONTADE, DECISÃO E AÇÃO
Belo Horizonte
16/10/2014
LIBERDADE: VONTADE, DECISÃO E AÇÃO
- Determinismo e liberdade
A discussão acerca do determinismo e da liberdade no que concerne às ações humanas além de histórica é tema fundamental para a compreensão das escolhas e das ações do homem. O determinismo conceitua-se como a impossibilidade de se optar livremente por uma ação, já que todo acontecimento possui certa relação de causa e consequência com o acontecimento anterior. Como resultado, sua ação nunca é livre tendo em vista que foi influenciada a priori. Tal princípio corresponde ao Método da Causalidade do filósofo empirista David Hume. Ele defendia o determinismo radical com essa teoria, como afirma em seu livro O Tratado da Natureza Humana, no qual julgava incompatível a relação entre determinismo e o livre arbítrio. O filósofo Espinosa partilhava desta mesma ideia:
Os homens enganam-se quando se julgam livres, e esta opinião consiste apenas em que eles têm consciência das suas ações e são ignorantes das causas pelas quais são determinados. O que constitui, portanto, a ideia da sua liberdade é que eles não conhecem nenhuma causa das suas ações. Com efeito, quando dizem que as ações humanas dependem da vontade, dizem meras palavras, das quais não têm nenhuma ideia. Efetivamente, todos ignoram o que seja a vontade e como é que ela move o corpo. (ESPINOSA, 1973; pag. 166). A noção de que o homem é determinado a seguir alguns padrões comportamentais faz nascer a pergunta sobre qual seria a causa primeira de tais condutas. Uma teoria bem aceita é a da Predestinação, na qual um Deus possui total poder sobre a vida humana. O determinismo biológico e geográfico afirma que o homem é movido por variáveis biológicas, isto é, o ser segue seus instintos, assim