liberda e pensamento
• O discurso dialético, que embora não objetive alcançar a certeza absoluta, tenta obter a máxima probabilidade de certeza e veracidade que se verifica da síntese entre duas afirmações antagônicas, a saber a tese e sua antítese.
• Já no discurso retórico não há o menor comprometimento na busca da verdade, nem da sua demonstrável probabilidade. Aqui o orador ou escritor objetiva apenas convencer o ouvinte ou leitor de que sua tese é certa ou verdadeira, utilizando-se do modo de falar, dos gestos e até da maneira de se vestir como fatores para influenciá-lo ou persuadi-lo.
• No discurso poético o grau de certeza ou veracidade nada importa, ou melhor, até pode laborar contra o discurso posto que aí a razão é abandonada em favor da ficção ou da fantasia. Neste método o que se busca é influir na emoção e não no raciocínio do ouvinte ou leitor, como modo de impressioná
Discurso segundo Émile Benveniste
Segundo a concepção do lingüista francês Émile Benveniste, o discurso é a expressão da língua como instrumento de comunicação.
Benveniste foi responsável pelo desenvolvimento da Teoria Enunciativa, em que define enunciação como a necessidade de referir pelo discurso. A enunciação é entendida como um processo pelo qual o sujeito do discurso mobiliza a língua por sua própria conta, ela converte a língua em discurso pelo emprego que o locutor faz dela, semantizando-a. Simplificando, a enunciação é a discursivização da língua.
Dentro desse conceito surge o sujeito do discurso, tido como centro de referência interna, do qual emergem marcas de pessoa (eu – tu), de ostensão, espaço e tempo, representadas por pronomes. Definem-se o locutor, quem fala, e o alocutário, o outro para quem se fala, além da não pessoa “ele”,