Liberalismo x socialismo
Entre os séculos XVIII e XIX, as diversas transformações que marcaram a Europa e o continente americano, possibilitaram o surgimento de novas concepções preocupadas em dar sentido ou teorizar a rápida ascensão do sistema capitalista. Para tanto, vários pensadores se debruçaram na árdua tarefa de negar, reformar ou legitimar as novas relações de ordem social, econômica e política que ganhavam fôlego em um mundo que passava a ter uma nova roupagem.
Uma das mais marcantes transformações trazidas pelo capitalismo foi, sem dúvida alguma, a sua impressionante capacidade de racionalizar o gasto dos recursos e gerar riquezas. Após a deflagração da Revolução Industrial, as possibilidades de se aperfeiçoar a exploração da mão-de-obra, da tecnologia e dos recursos naturais parecia ter alcançado patamares inimagináveis. Contudo, as transformações desse novo período histórico não se resumiam somente à implicações de caráter positivo.
Mesmo com o desenvolvimento de tais potencialidades e a criação de governos que prometiam colocar os homens em posição equivalente, a nova ordem consagrada pela burguesia tinha seus problemas. Em linhas gerais, a ordem capitalista e os governos liberais ainda conviviam com as desigualdades que promoviam a distinção dos indivíduos em classes sociais. Foi nesse contexto que surgiram duas grandes linhas interpretativas dessa nova realidade: o liberalismo e o socialismo.
A corrente liberal defendia os vários pressupostos que compunham essa nova realidade oferecida pelo capitalismo. Aprovavam o direito à propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades comerciais e a igualdade dos indivíduos mediante a lei. Além disso, elogiavam a prosperidade do homem de negócios ao verem que sua riqueza beneficiava a sociedade como um todo. Dessa forma, ao acreditavam que a riqueza seria uma benesse acessível a todos que trabalhassem.
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