Liberalismo e seus princípios 2° laski
Devemos entender o individualismo como uma das principais características do liberalismo, bem como da sociedade moderna. A emancipação do indivíduo acarreta uma transformação da sociedade moderna sem precedentes. Vemos a emancipação do indivíduo em várias esferas da sociedade: na religião com contribuição da Reforma Protestante, na economia, na ciência com o uso da razão no saber científico, e etc.
Atentando-se para as colocações de Locke, com relação ao individualismo, podemos notar que todo seu argumento relacionado à propriedade, liberdade e igualdade gira em função do individuo e a manutenção desses bens. Assim, para Locke, o homem antecede a sociedade vivendo em um estado pré-social representado por uma liberdade e igualdade, chamado estado de natureza. Nesse estado o indivíduo teria direitos naturais como o direito a vida, a liberdade e aos bens. Com esse princípio Locke estabelece as bases do pensamento liberal, com a inversão de que o homem prescindiu a sociedade e não o contrário. Estabelece, dessa forma, um limite ao Estado e de uma sociedade individualista no qual seus direitos deveriam ser preservados e ampliados.
Já Karl Marx vai se contrapor ao individuo que prescindi a sociedade, para ele o individuo é um ser social e só pode se individualizar em sociedade, assim “a produção dos indivíduos é determinada socialmente”. Esse indivíduo, segundo Marx, é produto da degeneração das formas de sociedades feudais e das novas forças produtivas desenvolvidas a partir do século XVI.
Na esfera religiosa é através da Reforma que podemos encontrar vestígios de uma contribuição para a emancipação do indivíduo. Dentro da perspectiva de Laski, a emancipação do indivíduo foi algo indireto, deixado-o em segundo plano, ou seja, não havia uma intenção de emancipação individual nos moldes modernos da sociedade. A emancipação se dava apenas do controle papal, com o objetivo de que se tornassem um melhor