Liberalismo e republicanismo
O liberalismo foi um conjunto de ideias éticas, políticas e econômicas da burguesia que se opunha à visão de mundo da nobreza feudal.
Os primeiros teóricos liberais opunham-se ao absolutismo real e almejavam um governo constitucional, pela liberdade civil e religiosa, separando o Estado da sociedade, o pública do privado e pela não-intervenção nas atividades particulares dos indivíduos, sobretudo econômicas.
De uma forma resumida, o liberalismo ficou conhecido como um ideário burguês ou capitalista, em que cada indivíduo tem o livre uso de sua propriedade. Com o principio fundamental de que todos são iguais perante a lei, este omite uma realidade, a de uns que possuem apenas como propriedade sua força de trabalho e outros os meios de produção.
Com o crescimento da massa proletária, o liberalismo viu-se obrigado a mudar. A evidência da liberdade baseada na propriedade, característica do liberalismo elitista, é desviada para a exigência de igualdade e democracia, procurando estender a liberdade a um número maior de pessoas.
REPUBLICANISMO
O termo 'res publica' foi inventado pelos romanos para designar uma forma de governo que tem como característica principal o cuidado com a coisa pública.
Coisa pública se refere à ação humana coletiva, onde há a existência de uma esfera da ação na qual se pactuam acordos de convivência em comunidade. Trata-se de assuntos ligados ao interesse da coletividade, não se confundindo com interesses particulares.
A virtude cívica é a dedicação à vida pública. Um legislador deve ser virtuoso, capaz de criar um Estado estável, que traga felicidade a seu povo.
Maquiavel foi defensor da ideia de que as liberdades civis, direitos civis e liberdades que protegem os indivíduos do governo, eram a chave para a formação de um governo republicano. Segundo ele, as formas de governo republicanas só são possíveis em cidades não corrompidas, estáveis e afortunadas. Só neste momento a liberdade pode ser confiada ao povo, pois nele