LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
Esta obra analisa o papel dos investimentos diretos estrangeiros na economia brasileira, no contexto da globalização e da inserção externa e sua relação com o padrão de comércio exterior do país, na década de 1990.
'Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil' analisa o papel dos investimentos diretos estrangeiros na economia brasileira, no contexto da globalização e da inserção externa e sua relação com o padrão de comércio exterior do país, na década de 1990.
Globalização e Investimento
Por Carlos Ascensão
Normalmente as pessoas associam globalização a aumento do volume do comércio de bens e serviços estrangeiros.
Os fluxos comerciais são, de facto, um dos aspectos mais visíveis da globalização. Muitos analistas dizem que o investimento internacional é a mais poderosa força propulsora da economia mundial.
O investimento por vezes altera os métodos de produção devido à transferência de know-how, tecnologia e técnicas de gestão, situação porventura com maior impacto na economia global do que a mera troca de bens.
Nos últimos anos, o investimento estrangeiro tem crescido a um ritmo mais rápido do que o comércio internacional ou a produção mundial em geral. De 1980 a 2000, enquanto o volume de mercadorias comercializadas aumentou significativamente, o investimento estrangeiro cresceu ainda com mais rapidez. Este investimento tem sido um poderoso catalizador para o crescimento económico.
O enorme crescimento nos níveis de investimento directo estrangeiro (IDE) é um fenómeno recente, sendo uma das mais importantes causas e efeitos da globalização. Desde 1982 os fluxos mundiais de IDE aumentaram quase 30 vezes1.
Mas, como acontece com muitos dos outros aspectos da globalização, o investimento estrangeiro levanta muitas questões sobre os novos aspectos económicos, culturais, políticos, etc. Os fluxos de investimentos e as respectivas regras suscitam dúvidas em torno do desenvolvimento económico, da protecção ambiental, das normas laborais e da