Leviatã
Capitulo XVII – Das causas, geração e definição de um:
Hobbes inicia a construção de sua ideia sobre Estado ao relacionar que o fim último (morte) é o proposito de todos os homens conforme as leis da natureza. Por isso é comum aos seres buscar a conservação da vida e a paz, assim abandonando a condição de guerra que ocorre quando não temos proteção.
Na sociedade estudada por ele, a única lei realmente válida para se conseguir algo era a força, por isso as pequenas famílias da época viviam em constante perigo, devido a sua aparente fraqueza, o que fazia com que confrontos fossem comuns. Restava apenas, para quem perdia, sua vida e os seus instrumentos de trabalho, pois apesar de tudo, o sentimento de preservação da honra era muita forte para essas pessoas, por isso, crueldade e aniquilação dos meios de subsistência eram evitados.
Seguindo na questão das lutas, é possível pensar que se o número de indivíduos crescesse certamente aquele pequeno grupo não perderia mais. Entretanto, é mostrado que quando a união desses combatentes é formada sem que haja a presença de alguém superior para proporcionar um objetivo comum que corresponda a todos, ela é mais prejudicial do que o primeiro caso, pois as pessoas possuem ideais e alguns sentimentos que são motivo de caos na ausência de liderança.
Assim sendo, é feita uma relação entre a sociedade das formigas e abelhas com a dos seres humanos para poder explicar a influência dos sentimentos citados acima. Quando observadas as relações desses animais percebe-se que pela ausência da razão não se encontra ações movidas na busca de honra, poder, e melhores condições de vida, pois eles não conseguem entender o que seria isso. Contrário a esse estilo de comunidade, estão os homens, que acreditam ser sempre melhor do que a pessoa que os governa, também não fazendo questão de esconder uma possível inveja e causar danos físicos ou morais para conquistarem seus