Leviatã de thomas hobbes
Disciplina: Sociologia
Professor: Rodrigo Christofolleti
Leviatã
De Hobbes, Thomas
Resumo
A maior obra de Hobbes, cognominada de Leviatã, refere-se a um monstro marinho mítico, citado na Bíblia. Todavia, no frontispício da primeira edição do livro, o Leviatã é-nos representado como um gigante coroado. “O corpo da figura está formado por milhares de homenzinhos. Com a mão direita, o gigante segura uma espada (simbolizando o poder temporal) sobre um campo e uma cidade, na mão esquerda, ostenta uma cruz episcopal (símbolo do poder espiritual”. Constata-se que o poder eclesiástico é uma das fontes da formidável força do gigante.
Na introdução da obra, Hobbes esclarece que “...esse grande Leviatã, que se denomina coisa pública ou Estado não é mais do que um homem artificial, embora de estatura muito elevada e de força muito maior do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi imaginado”. Logo, o monstro é a imagem do modelo politico mecânico, da máquina estatal de governo.
No decorrer da obra, constrói uma estrutura da origem e da manutenção do Leviatã.
Segundo Hobbes, esse gigantesco autómato foi criado para unir a multidão de indivíduos isolados num corpo político. No capítulo 17 de Leviatã, a criação do monstro coincide com a constituição da multidão num corpo político. Hobbes explica como se constitui o corpo político: “É como se cada homem dissesse a cada homem: ‘Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembléia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as ações’. Deste modo, à multidão assim unida numa só pessoa se chama República. É esta a geração daquele grande Leviatã”.
Quer isto dizer que, o corpo político existe quando as vontades de todos são depostas numa única vontade, e haja um depositário da personalidade comum. “O depositário desta personalidade” — são palavras de Hobbes — “é chamado soberano,