Levi strauss fichamento
O autor propõe que nas sociedades primitivas a troca teria um valor muito diferente dos nossos. Esta seria interpretada como dons recíprocos e simbolizaria um “fato social total” com significados sociais, religiosos, mágicos, econômicos, sentimentais, jurídicos e morais. (pág. 92). E os rituais dessas comunidades seriam simbolizados por acontecimentos que promoveriam uma distribuição de riquezas. No texto é citado o potlatch dos índios Alasca como uma instituição onde esses valores são reproduzidos. Estas cerimônias segundo Lévi-Strauss teriam três funções: “proceder à restituição dos presentes anteriormente recebidos, acrescidos de juros convenientes, que podem chegar a cem por cento; estabelecer publicamente a reivindicação de um grupo familiar ou social a um título ou a uma prerrogativa, e ainda anunciar oficialmente uma mudança de situação; finalmente, superar em munificência um rival, esmagá-lo se possível, pela perspectiva de obrigações de retorno que não poderá satisfazer, de maneira a arrancar do rival privilégios, títulos, categoria, autoridade, prestígio.”(pág. 93).
Também esta transmissão de bens não são características unicamente de instituições definidas ou localizadas num determinado lugar. Nestas não se visualiza a troca pelo lucro como em nossa sociedade. Outra coisa interessante e curiosa a respeito delas é que somente quem iniciou a troca nas sociedades primitivas, poderá finalizá-la, o que em alguns casos pode até comprometer o recebedor, já que ele terá que continuar mesmo que não tenha mais condições de fazei-lo. Portanto estas distribuições também revelam um prestígio social dentro dessas sociedades. Outra curiosidade levantada pelo autor diz respeito aos produtos confeccionados unicamente para a troca, o que demostra uma similaridade com a nossa sociedade já que também possuímos rituais que simbolizam esta reciprocidade, como o natal por exemplo. Assim como alguns de