Levantamento das contas da previdência social – receitas, despesas, déficit e o comportamento da arrecadação das contribuições destinadas ao seu financiamento (pis, cofins, csll)
Inicialmente devemos analisar que a Previdência Social encerrou 2012 com o déficit de R$ 42,3 bilhões, que em comparação com o ano anterior (2011) subiu em 9% (nove por cento), ou seja, o déficit somou aproximadamente R$ 38,8 bilhões.
O déficit tem a sua justificativa pela diferença nos ritmos de crescimento da arrecadação. Ao longo do ano, foram arrecadados R$ 283,7 bilhões (alta de 6,4%) e gastos R$ 326 bilhões (alta de 6,7%), somados os benefícios concedidos aos setores rural e urbano, ou seja, verificamos que mesmo com o crescimento do percentual arrecadado através dos impostos, tivemos também um alto crescimento dos gastos, o que assim aumenta o déficit da Previdencia.
O saldo negativo ficou além do esperado pela Previdência, que previa déficit entre R$ 38 bilhões e R$ 39 bilhões no final de 2012. Segundo o ministério, a diferença no resultado deverá ser ajustada depois das compensações do Tesouro Nacional com as desonerações nas folhas de pagamento, que não foram feitas até o final de 2012 por falta de dotação orçamentária. As compensações deverão entrar no Orçamento da União de 2013.
A despesa com o pagamento de benefícios previdenciários em 2012 correspondeu a 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o secretário de políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim, a despesa tende a crescer com o passar dos anos devido ao envelhecimento da população.
O resultado da Previdência, em dezembro, que considera os setores urbanos e rural, teve saldo positivo de R$ 6,6 bilhões, com R$ 38,6 bilhões em arrecadações e R$ 32 bilhões em despesas. O setor urbano registrou, em dezembro, o melhor resultado desde o início da série histórica, em 2001, com saldo de R$ 25 bilhões.
O setor rural, por sua vez, teve