Leucemias agudas monografia
As neoplasias hematológicas são oriundas de alterações genéticas na célula progenitora do sistema hematopoético. Essas alterações comprometem o padrão de divisão celular, maturação/diferenciação e apoptose, determinando uma proliferação desregulada das células modificadas. Dentre as neoplasias hematológicas destacam-se as leucemias nas suas mais variadas formas. As leucemias são divididas clinica e patologicamente em agudas e crônicas, caracterizadas como resultado do acúmulo de células sanguíneas anormais indiferenciadas ou maduras, respectivamente.
Nas leucemias agudas, o clone leucêmico, por apresentar vantagem proliferativa sobre as células normais, divide-se de forma anárquica e progressiva, podendo atacar a linhagem mielóide ou linfóide, alterando quase sempre o sangue periférico, com o aparecimento de células jovens, denominadas blastos. Diante desse quadro, ocorre a diminuição da imunidade mediada por componentes do sistema linfo-hematopoético afetado. A leucemia aguda é o tipo mais comum de câncer em crianças correspondendo a trinta por cento de todos os casos de câncer infantis (Chan, 2002). Nas últimas décadas, têm sido realizadas inúmeras investigações a fim de identificar os fatores de risco genéticos e ambientais relacionados ao evento leucêmico.
O ácido fólico, vitamina do complexo B, tem importante papel na divisão celular e manutenção da homeostase. Produtos do seu metabolismo participam de processos de metilação, dentre os quais a metilação gênica, além de atuarem na síntese e reparo de DNA, um mecanismo vital para prevenção de rearranjos cromossômicos comuns em quadros leucêmicos.
Em sua rota metabólica, o ácido fólico possui uma importante enzima, a metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), que converte irreversivelmente o 5,10 metilenotetrahidrofolato (5,10-MTHF) a 5-metiltetrahidrofolato (5-MTHF). O loco gênico da MTHFR apresenta-se polimórfico exibindo