Leucemia mieloide cronica
As leucemias mielóides crônicas constituem seis tipos diferentes de leucemia, mas o tipo mais comum é a leucemia mielóide crônica associada com o cromossomo Filadélfia.
A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença com origem na célula precursora multi potencial da MO, que determina a produção exacerbada de granulócitos. Ocorre especialmente em indivíduos com idade entre 40 e 50 anos, com discreto predomínio no homem.
A doença está associada ao cromossomo Philadelphia (Ph) e ao gene BCR-ABL. Este gene quimérico codifica a produção da proteína Bcr-Abl com elevada atividade tirosina quinase e papel fundamental na proliferação celular. A LMC evolui habitualmente em três fases clínicas distintas. A primeira fase, denominada crônica. A segunda fase, denominada acelerada. A penúltima fase, denominada blástica, assemelha-se à leucemia aguda.
As anormalidades do sangue periférico e da MO variam nas diferentes fases da doença. O sangue periférico apenas reflete as anormalidades da MO.
Achados laboratoriais:
-Leucocitose. Um espectro completo de células mielóides é visto no sangue periférico. Os níveis de neutrófilos e mielócitos excedem os de células blásticas e promielócitos.
-Aumento de basófilos circulantes.
-A anemia normocrômica normocítica é comum.
-A contagem de plaquetas pode ser alta (mais freqüente), normal ou baixa.
- A medula óssea é hipercelular com predominância granulopoiética.
-Cromossomo Ph na análise citogenética do sangue e da medula óssea.
-Aumento de vitamina B12 sérica e da capacidade de ligação de vitamina B12.
-Ácido úrico sérico geralmente alto.
2- O que é uma anomalia Pelger-Huet
É uma anomalia da forma do núcleo dos segmentados neutrófilos relativamente frequente. Existe falta de segmentação dos núcleos, de modo que há um aparente assincronismo de maturação. Enquanto o citoplasma das células neutrófilas apresenta coloração típica, com granulações secundárias