LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA TIPO L3
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: HEMATOLOGIA CLÍNICA II
LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA TIPO L3
1 DEFINIÇÃO
A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é uma neoplasia maligna derivada das células linfóides indiferenciadas (linfoblastos) que estão presentes em grande número na medula óssea, no timo, e nos gânglios linfáticos. Acumula-se grande quantidade de linfoblastos em diferentes etapas da maturação , pois é mantida a capacidade de multiplicação, mas não de diferenciação. Ocorre mais frequentemente na infância, tendo maior incidência (70%) em crianças entre 2 e 5 anos de idade. A incidência entre adolescentes e adultos jovens é de 20% e volta a aumentar após os 60 anos.
2 QUADRO CLÍNICO
Seu quadro clínico é idêntico ao da LMA, porém na LLA é mais comum a adenomegalia e esplenomegalia, além de fenômenos compressivos decorrentes de infiltrações e neuroleucemia.
Em homens é freqüente a infiltração dos testículos por células leucêmicas, carecendo de biópsia para o acompanhamento.
3 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O hemograma permite a classificação morfológica, já descrita. Encontra-se anemia normocrômica/cítica, oligocitemia, granulo-citopenia, plaquetopenia (a maioria < 100.000 mm3), além da elevada blastemia. A contagem leucocitária varia normalmente entre 5000-100.000 células/mm3.
O mielograma revela hipercelularidade com grande substituição das células normais pelo clone linfoblástico leucêmico, demonstrando mais de 25% de linfoblastos na medula óssea.
Importantes exames citoquímicos são o do Sudan negro e da peroxidase, ambos negativos na LLA (positivos na LMA). PAS é positivo. Não há bastonete de Auer.
A morfologia e a citoquímica não diagnosticam todos os casos, sendo muitas vezes necessário realizar maiores estudos como o da citogenética, sendo que certas anomalias determinam melhor ou pior prognóstico, por exemplo: bom prognóstico: hiperdiploidia (>50