LEUC CITOS II
FUNÇÃO DOS GRANULÓCITOS
QUIMIOTAXIA
É a propriedade de locomoção não só dos granulócitos neutrófilos, mas também dos eosinófilos e basófilos, sendo que estes últimos o fazem de modo mais lento. Os granulócitos são estimulados a se locomover por ação de diferentes agentes, ditos agentes quimiotáticos, que podem ser de vários tipos. Esses agentes podem já existir no organismo como tal ou podem ser ativados por mecanismo enzimático. Substâncias de vários tipos podem ter ação quimiotática para os granulócitos neutrófilos, como:
Produtos derivados de bactérias (toxinas);
Produtos originados de células e tecidos necrosados, inclusive outros leucócitos;
Componentes do sistema do complemento: fragmentos C3, C5, C567;
Proteínas estranhas (caseína, glúten) ou desnaturadas;
Substâncias outras: produtos de degradação da fibrina, calicreína, ativador do plasminogênio.
Para os granulócitos eosinófilos, os agentes quimiotáticos são de natureza diferente:
Histamina;
Complexos antígeno-anticorpo;
Imunoglobulinas;
Antígenos vários;
Outras células (por exemplo, macrófagos).
Os estímulos quimiotáticos atuam sobre os granulócitos neutrófilos mediante ação sobre a membrana de revestimento. A adesão de partículas à membrana ou a ação de substâncias várias se dá após a fixação destas aos receptores das células, o que desencadeia uma série de eventos, tais como quimiotaxia, fagocitose e a desgranulação dos lisossomas dentro dos vacúolos formados após a fagocitose (fagossomas). Aos vários tipos de agentes quimiotáticos (quimioquinas) correspondem vários receptores, os quais servem para ancorar os patógenos à membrana dos leucócitos, a fim de que estes penetrem o citoplasma ou o núcleo, como, por exemplo, baterias, parasitas, vírus EB, HIV etc. As quimioquinas α são quimiotáticas sobre neutrófilos e linfócitos. As quimioquinas β, em geral, não atuam sobre neutrófilos, mas atraem monócitos,