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A sentença "futebol é o opio do povo" sintetiza bem a correlação entre futebol, organização social e controle de massas assim como demais instrumentos de controles ideológicos como aparelhos de coerção social de massa; as expressões de comemoração coletiva servem válvula de escape e manutenção do Status Quo, exemplificada na correlação terra, trabalho e capital; a Tríade perfeita de manutenção de ordem.
Introdução
O futebol como um fenômeno contemporâneo, é passível de inúmeras formas de abordagem. Decorrente disto verifica-se a existência de fóruns específicos com o intuito de discutir sobre a sua interveniência econômica, administrativa, burocrática, enfim todas as variantes que envolvem e/ou permeiam a realização de um espetáculo esportivo. Existem, portanto, questões suscitadas por ele e que só a ele interessa, permanecendo restritas ao contexto do qual são tributárias. Entretanto, grande parte das questões que envolvem o esporte/futebol, não ficam restritas há um público específico, pois o futebol só pode ser abordado na sua complexidade se o compreendermos como um fenômeno social e historicamente produzido.
Ao observar historicamente o futebol, é possível perceber que ele não cria fatos novos, apenas permite a veiculação de questões mais gerais, inicialmente forjadas em outras esferas da vida social. Assim, ao invés de repetir velhos chavões como: "Charles Muller é o pai do futebol no Brasil", ou, o "Futebol é o ópio do povo". Os estudos sobre esta temática, evoluíram de tal maneira que se torna fundamental realizar uma reflexão epistemológica sobre estes "Discursos Fundadores", ou seja, é necessário perceber