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Entre os jovens esse problema consegue ganhar dimensões ainda maiores. Um em cada cinco jovens, com idade entre 15 e 24 anos, está desempregado. Essa taxa corresponde a 40% do total de desempregados. No Brasil este número é de cerca de 3,5 milhões de jovens*. Com raras exceções, a taxa de desemprego entre jovens é sempre maior que a taxa de adultos desempregados.
Uma maneira muito defendida para melhorar a capacidade de inserção dos jovens no mercado de trabalho é promover uma educação de qualidade e oferecer oportunidades de capacitação e qualificação profissionalizantes.
Por outro lado, há quem acredite que – apesar de fundamental – apenas a educação não é suficiente para reverter esse quadro de exclusão do jovem do mundo do trabalho. Os jovens no Brasil nunca tiveram uma escolaridade média tão alta como agora.
Para Márcio Pochmann, “O problema do desemprego no Brasil é estrutural, é de escassez de vagas”. O Brasil não está crescendo o suficiente para gerar postos de trabalho e dessa maneira absorver o contingente de pessoas que precisam ingressar no mercado de trabalho todos os anos.
A maior parte dos empregos disponíveis – 93% de acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) – está na economia informal. Isso na prática significa péssimas condições de trabalho, baixa remuneração e pouca segurança.
Já o movimento de Economia Solidária apresenta a visão de que o crescimento econômico com base nos fundamentos neoliberais não é capaz de resolver a questão da escassez de trabalho e, conseqüentemente, a redução da pobreza e da desigualdade social. Uma das alternativas apresentadas é estimular e apoiar os micro e pequenos empreendimentos baseados na