Letramento e alfabetização na prática

O presente ensaio teve como base um texto do livro de Magda Soares “Letramento: Um tema de três gêneros”, intitulado ”O que é letramento e alfabetização”. Diante do start dado por esse texto foi possível aprofundar as ideias sobre o tema letramento, algo que já era pensado, pois eram muito rasas as ideias de “alfabetizado” e de “analfabeto”, mas no entanto não se tinha um conceito mais trabalhado. Esse trabalho irá mostrar o conceito de letramento para a professora Magda e ampliar a discussão, discutindo a conjuntura nacional da nossa educação, o papel do professor e como o cidadão letrado pode melhorar sua condição social e seu país.
Soares começa explicando a origem do termo “letramento”, dá o seu significado e o diferencia de alfabetização. O que ela conceitua como letramento e como o indivíduo que possui essa condição, o letrado, era chamado simplesmente de indivíduo alfabetizado. No nosso país não havia termo para diferenciar aquele que só sabe escrever o próprio nome e aquele que consegue ler, interpretar e criar um texto. Alguns criavam uma distinção classificando uns de analfabetos e outros de analfabetos funcionais – aqueles que não conseguem interpretar e redigir algum texto.
Para essa autora alfabetização é “a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever” e letramento é “o estado ou condição de quem apenas não sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”. É uma ideia um tanto ainda nova para nós, tão nova que a palavra com esse significado só apareceu pela primeira vez no livro de Mary Kato “No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística”, em 1986. E Soares ensina que “letramento” deriva do inglês literacy.
Outro importante registro da autora é o de que países da Europa e Estados Unidos, quando fazem pesquisas e divulgam o número de analfabetos, chegam a assustar nós brasileiros, pois como seria possível em nações tão desenvolvidas? No entanto, o que na verdade eles estão tratando é do nível de letramento de