Lesões no braço
A tendência da articulação do cotovelo a desenvolver rigidez pós-trauma é reconhecida pelos ortopedistas, mesmo após traumas leves. As principais razões que expõe a articulação do cotovelo a esta complicação são: o alto grau de congruência, a complexidade de suas superfícies articulares e a grande sensibilidade tecidual ao trauma, especialmente da cápsula articular. Além da relação direta da rigidez articular do cotovelo com o trauma, má reabilitação e imobilização prolongada desnecessária, também, são fatores relacionados à perda de amplitude de movimento, e nos quais o ortopedista tem influência direta.
O envolvimento do paciente com o tratamento, também é citado como fator causal de rigidez articular do cotovelo.
Estudos experimentais em laboratório têm investigado as alterações bioquímicas e biológicas, que ocorrem nos tecidos periarticulares, como resposta ao trauma. Cohen et al(4) documentaram que cotovelos rígidos apresentam uma cápsula fina, com desorganização da matriz colágena, aumento de citocinas inflamatórias e infiltração fibroblástica, caracterizando uma condição fibrótica e inflamatória.
A perda de amplitude de movimentos depende da natureza da lesão e seu tratamento. A perda da extensão é mais comum, porém, perda de flexão não é incomum, assim como, da rotação do antebraço(1). A combinação da perda da extensão associada à perda da supinação do antebraço, representa limitação grave para determinadas atividades da vida diária.
Morrey(1) classificou a rigidez articular em dois grupos principais, baseando-se na etiologia e localização anatômica da contratura. Essa poderá ser extrínseca, quando se limita às partes moles ou a processos extra-articulares. As intrínsecas referem-se a processos articulares,