Lesões em Surfistas Profissionais

O artigo “Lesões em Surfistas Profissionais”, escrito por Luís Henrique Base, formado em Medicina na USP e com curso de especialização em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia, e pelo grupo de pesquisa em Disfunção do Movimento Humano da Faculdade de Fisioterapia da UNISANTA, formado por Marco Antonio Ferreira Alves, Erick Oliveira Martins e por Roberto Fernandes da Costa, apresenta um estudo sobre a ocorrência de lesões mediante a pratica do surfe. O estudo foi publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte e tem como objetivo disponibilizar informações para um melhor conhecimento do esporte.
O estudo dá uma breve introdução do esporte, e comenta sobre a evolução das pranchas, que estão cada vez mais velozes e com melhor hidrodinâmica, proporcionando, assim, uma grande quantidade de manobras que, juntas com o tipo de onda, local e condições climáticas, aumenta o risco de lesões.
A pesquisa contou com a participação de 32 atletas com idades entre 19 e 38 anos e com uma média de 16 anos de prática.
O pesquisador dividiu as lesões conforme o tipo: entorse, estiramento, ferimento corto-contuso, fratura e luxação; região da lesão: membros inferiores, membros superiores, tronco e cabeça; e o agente causador de tais lesões: manobras, prancha e o fundo do mar.
Foram relatadas 112 lesões entre os entrevistados, obtendo assim uma proporção de 0,76 lesão para cada 1000 dias de prática. Segundo os dados coletados, a cabeça foi a mais atingida por ferimentos corto-contusos; o tronco, por estiramentos; membros superiores, por queimaduras e os membros inferiores obtiveram o maior índice de lesões, a maioria por entorses localizados no joelho e no tornozelo. Quanto aos causadores das lesões, a pesquisa determinou a prancha como a principal causadora de contusões e ferimentos corto-contusos, as manobras foram responsáveis por entorses e estiramentos musculares, e o fundo do mar causou contusões e ferimentos corto-contusos. Nenhum dos atletas deu queixa de luxações