Leptospirose
A leptospirose é uma das zoonoses mais difundidas no mundo. (BLAZIUS et al., 2008) sendo que toda a população é susceptível (BRASIL, 2006), porém alguns profissionais como trabalhadores de sistema de esgotos, trabalhadores de minas (DIAS et al., 2007), agricultores de arrozais e canaviais (ALMEIDA et al., 1994), médicos veterinários, tratadores de animais, pescadores, magarefes, laboratoristas, bombeiros, nadadores, tornam-se mais expostos ao contato com a Leptospira spp. (BRASIL, 2006). No Brasil, sua incidência é maior durante o verão, em decorrência dos alagamentos nas áreas urbanas ocasionando epidemias nas épocas de maior precipitação pluviométrica (BLAZIUS et al., 2005), sobretudo nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife (DIAS et al., 2007). O agente etiológico é uma bactéria do gênero Leptospira que é veiculada pela urina de animais infectados, sendo os roedores sinantrópicos, principalmente os da espécie Rattus norvegicus, o mais importante reservatório (COSTA et al., 2001). Entretanto, animais domésticos, animais de produção e animais silvestres podem ser portadores e contribuir para a sua disseminação em áreas urbanas, áreas rurais e no ambiente (BLAZIUS et al., 2005). Considerada uma zoonose de grande importância social e econômica, sua ocorrência está freqüentemente relacionada a precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores (ALMEIDA et al., 1994). Por ser uma doença de notificação compulsória nacional, a vigilância epidemiológica tem como objetivo monitorar a ocorrência de casos e surtos e determinar a sua distribuição espacial e temporal; reduzir a letalidade da doença por meio de diagnóstico e tratamento precoce e adequado; identificar os sorovares circulantes em cada área; direcionar as medidas preventivas e de controle destinadas à população, ao meio ambiente e aos reservatórios animais (BRASIL, 2006). Esse trabalho tem