Leonardo davinci
Imagens são elementos de mediação. Agem como signos ao representar fatos da nossa percepção, e fatos da percepção de outros que nos são revelados através de sua elaboração. As imagens são produtos de fatos sociais, culturais e também históricos. Acontecimentos são conhecidos, o passado é elaborado sob a forma de imagem para ser visto, e a visualidade passa a ser o fio condutor do conhecimento, ou seja, do que se pode deduzir sobre sociedades, comportamentos, e experiências que envolvem o ser humano em determinados momentos de sua existência, e que ele revela transferindo à imagem produzida o compromisso de torná-la uma forma de produção de suas idéias. Na definição de W. T. Mitchel (1986) as imagens agem como atores num palco histórico, em que nós mesmos somos personagens. Isto confere a elas uma qualidade dinâmica e versátil, e a nós a responsabilidade de criá-las à imagem do que nós mesmos somos e vivemos.
Images are not just a particular kind of sign, but something like an actor on the historical stage, a presence of character endowed with legendary status, a history that parelles and participates in the stories we tell themselves about our own evolution from cretures “made in the image” of a creator, to creatures who made themselves and their world in their own image. (MITCHELL, 1986, p. 9).
Como essas histórias se remetem e se entrelaçam, a imagem será representação de algo possível de ser definido como a própria linguagem.
The commonplace of modern studies of images, in fact, is that they must be understood as a kind of language; instead of providing a transparent window on the world, images are now regarded as the sort of sign that presents a deceptive appearence of naturalness and transparent concealing an opaque, distorting, arbitrary mechanism of representation, a process of ideological mystification. (MITCHELL, 1986, p. 8)
A imagem como instrumento de produção de