Leon Feffer
Filho de SIMPSOM FEFFER, sua família pertencia à comunidade de judeus ASHKENAZIM, onde a maioria destes vivia isolados em pequenos vilarejos como o de KOLKI, não apenas por costume, mas por falta de opção, já que dificilmente os judeus recebiam vistos para residir em cidades maiores ou até mesmo permissão para ingressar nas universidades.
No início do século XX, a situação dos judeus se mostrava muito ruim. Além das perseguições raciais, havia a crise econômica, acentuada a partir de 1914 pela Primeira Guerra mundial e a partir de 1917 pela Revolução Soviética.
Ainda criança, FEFFER mudou-se de KOLKI para LUCK e de lá para ROVNO, centro urbano com maiores possibilidades.
A vida de ROVNO se mostrou duplamente difícil. Além do ambiente novo, a família viu-se obrigada a enfrentar uma separação. Em 1910 quando FEFFER tinha apenas 10 anos, seu pai tomou a decisão de imigrar para o Brasil. Como não havia dinheiro para a passagem de todos, embarcou sozinho, com planos de buscar a mulher e seus filhos quando se estabelecesse.
LEON trabalhava no que encontrava, inicialmente na loja de graxas para carroças de um parente e, depois que a economia de 1914 se desorganizou com a guerra, na fabricação de velas e cigarros.
Depois de estabelecido no Brasil e com alguns contatos, SIMPSON FEFFER escreveu contando as boas novas e conseguiu que as notícias chegassem à família através de um correio paralelo. As cartas tinha sido endereçadas para uma sinagoga de ROVNO, e um conhecido encarregou-se da entrega. Faltava apenas recuperar documentação e as passagens. Como não havia consulado do Brasil em KIEV, LEON imagino que os papéis estivessem no consulado do Brasil em VARSÓVIA. LEON resolveu então partir para VARSÓVIA, mas no momento que em iria embarcar foi