Lentes Progressivas
Em 1948, o francês Bernard Maitenaz, formado na Escola Nacional Superior de Artes e Ofícios e no Instituto Óptico, ingressou na Empresa Lunetiers (depois Essel e atual Essilor) como engenheiro de pesquisas.
Ao experimentar os óculos bifocais de seu pai, ele observou uma linha muito visível ao usuário na mudança de dioptria (potência) nos campos para longe e para perto. Assim, considerou que seria mais racional, desenvolver uma lente que corrigisse na mesma peça, todos os campos de visão do usuário, ficando a visão para longe na parte superior, a visão intermediária ao centro e a visão para perto na parte inferior, formando um corredor vertical na área central da lente, “empurrando” as zonas de aberrações para as laterais da lente.
Iniciou então, as pesquisas e os cálculos para a criação das lentes multifocais e em novembro de 1953, a empresa Essel deu entrada no pedido de patente da sua invenção, apresentando diversos cálculos desenvolvidos por Bernard e sua equipe de pesquisas. O conceito estava definido e os cálculos já estavam desenvolvidos. Faltava produzir a primeira lente para verificar se os resultados teóricos poderiam ser aplicados na prática.
Maitenaz e sua equipe começaram a produção das lentes multifocais, utilizando uma infinidade de técnicas artesanais improvisadas, mas em 1958 a empresa conseguiu desenvolver uma máquina capaz de produzir as lentes em alta escala. Em janeiro de 1959, as lentes fabricadas foram testadas em 46 indivíduos, apresentando resultados muito satisfatórios e foram registradas 5 classificações excelentes; 29 boas; 2 médias e 10 ruins. As lentes foram batizadas de Varilux, seguindo a nomenclatura dos produtos Premium da empresa e foram lançadas oficialmente em maio de 1959 no Hotel Lutetia em Paris.
Essa invenção constituiu o maior avanço do campo de compensação da presbiopia (vista cansada), por proporcionar soluções visuais mais eficazes e confortáveis, que ampliam os campos de visão e