Lendo e escrevendo para a vida
Não acredito que ninguém ensine outra pessoa a ler literatura. Pelo contrário, estou convencido, isto sim, de que o que uma pessoa passa para a outra é a revelação de um segredo: o amor pela literatura. Mais uma contaminação do que um ensino. Ana Maria Machado
LENDO E ESCREVENDO PARA A VIDA
INTRODUÇÃO
Na responsabilidade de iniciar a criança no processo de alfabetização e de, paulatinamente, aperfeiçoar sua leitura, de modo a garantir-lhe o domínio de uma prática, cuja finalidade não se esgota em si mesma, a escola assume este papel; dela se espera a formação do leitor. “A preparação do leitor efetivo passa pela adoção de um comportamento em que a leitura deixe de ser atividade ocasional para integrar-se à vida do sujeito com necessidade imperiosa, de que decorrem prazer e conhecimento.” (SARAIVA, Juarez Assman). Mais do que palavras, nós precisamos de ações no que diz respeito ao processo de formação de leitores e escritores. Através da leitura é possível adentrar a outros ‘mundos’, e a Escola torna-se um agente transformador neste meio que está inserido, possibilitando a conquista do educando no desenvolvimento de atividades crítico-reflexivas, ampliando suas experiências com textos literários diversificados.
JUSTIFICATIVA
Como arte representativa e sistema de comunicação, a literatura institui um elo entre o leitor e o mundo circundante, suscitando perguntas sobre os acontecimentos que envolvem o homem. Os textos literários canalizam, portanto, a descoberta do que é essencialmente humano, enquanto os leitores, movidos por sua sedução, interagem com a vida e lhe dão forma. Quando orientada para o receptor infantil, a leitura auxilia a estabelecer atitudes e comportamentos, a lidar com desafios pessoais e a tomar consciência de atribuições impostas pelos