Leitura
Christian M. Adriano, Alberto B. Raposo e Ivan L. M. Ricarte {medeiros, alberto, ricarte}@dca.fee.unicamp.br Resumo: A incorporação de novos paradigmas de interação em ambientes educacionais invoca questões nem sempre triviais. De mudanças de paradigmas decorre a necessidade de investigar quais características das metáforas existentes devem ser mantidas, alteradas ou acrescentadas. Alguns exemplos de ruptura permitiram tratar estas questões em uma ferramenta de anotação integrada ao ambiente CALM de apoio a estudo extraclasse. Palavras−chave: Anotações, Ambientes Interativos de Aprendizagem.
1. Introdução Um ambiente inovador introduz novos paradigmas de interação e implementa metáforas pedagogicamente interessantes. “Metáfora” significa a transposição do significado de uma coisa para outra diferente. Por exemplo, a metáfora “texto” é utilizada aqui como um lugar onde estão circunscritas informações visuais (palavras, gráficos, etc). “Paradigma” (ou modelo) é composto de primitivas que regulam metáforas que o habitam, e só é definido a partir de alguma atividade concreta. Em outras palavras, a concretização de uma metáfora implica necessariamente um paradigma, e um paradigma não é facilmente compreendido sem uma metáfora [Winograd 98]. Metáforas e paradigmas se concretizam pela adoção de mídias, que lhes conferem propriedades e qualidades perceptíveis. Por exemplo, a mídia digital é atualmente responsável por uma nova encarnação da metáfora texto. Em paralelo, a mídia afeta inadvertida e inexoravelmente o paradigma correspondente, pois delimita o conjunto de regras de interação. A história do paradigma hipertexto comprova o papel decisivo da mídia. Tal paradigma fora imaginado para ser estabelecido sobre a mídia microfilme [Bush 45], entretanto só obteve sucesso com a adoção de uma mídia mais adequada, a mídia digital. A adoção de uma nova mídia não pode ser feita