Leitura
Comparação entre a teoria de Henri Wallon e Paulo Freire
A obra de Henri Wallon é perpassada pela idéia de que o processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e possibilidades. Ele acreditava que a Pedagogia oferecia campos de observação à Psicologia e questão para investigação, por isso via a escola como um contexto privilegiado para estudo da criança. Assim a psicologia ao construir conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil ofereceria um importante instrumento para aprimoramento da prática pedagogica. Wallon propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. Sendo a cognição importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade. Para compreender o desenvolvimento infantil à luz da psicogenética Wallon ressalta que é necessário recorrer a quatro campos funcionais: Afetividade, Ato motor, Conhecimento (ou Cognição) e da Pessoa. O conjunto afetivo são funções responsáveis pelas emoções, sentimentos e paixão. O conjunto ato motor refere-se à possibilidade de deslocamento do corpo no tempo e no espaço, as reações posturais e equilíbrio corporal. O conjunto cognitivo são funções voltadas para a conquista e manutenção do conhecimento, por meio de imagens, noções, idéias e representações. É o que permite registrar e rever o passado avaliar e situar o presente e projetar o futuro. O conjunto pessoa representa a integração de todas as funções. Sobre a influência do Fator Orgânico e a Ênfase no Fator Social, Wallon reconhece que o fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do pensamento; ressalta, porém, a importância das influências do meio. O homem, para Wallon, seria o resultado de influências sociais e fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode desconsiderar nem um nem outro aspecto do desenvolvimento humano. Por outro lado, para Wallon as potencialidades psicológicas