Leitura na universidade - resumo

1- A Leitura na Universidade
Novas concepções de leitura
Anteriormente, ler era entendido como o ato de decodificar o significado de cada palavra, o que justifica as antigas atividades escolares nas quais o professor pedia ao aluno que copiasse todas as palavras desconhecidas e, em seguida, procurasse, no dicionário, o significado de cada uma delas. Mary Kato, a linguista, lembra que há duas posições teóricas opostas: a leitura ascendente e a descendente. Aquela é a que considera o texto como o detentor do sentido, ou seja, todo o saber está contido nele e o leitor é apenas o receptor de suas informações que são indiscutíveis. Esta, contudo, aponta que o texto serve, somente, como confirmador das hipóteses do leitor e este é a única fonte de sentido.
A linguista posiciona-se a favor de uma terceira hipótese, a interacionista, na qual a leitura se dá através da interação entre texto e leitor e a leitura é efetivada a partir do momento em que a contribuição do texto e a contribuição do leitor se encontram. Tal noção já permite pensar em múltiplas leituras uma vez que cada leitor tem experiências de vida diferentes e traz esses conhecimentos para o texto.
Já na concepção discursiva da leitura autor e leitor são sujeitos historicamente determinados e ideologicamente constituídos e estão sujeitos às vozes da cultura de seu tempo, dessa forma, cabe ao leitor interpretar o texto dentro do seu contexto e ao autor, respeitar a interpretação do leitor. Assim o moderno professor de leitura deve estar disposto a abrir-se às “múltiplas leituras” de seus alunos, a fornecer à classe informações sobre as condições de produção do texto e a oferecer novas perspectivas de atribuição de sentidos, tornando o aluno-leitor em um co-autor do texto.

Os níveis de leitura
Segundo Maria Helena Martins a aprendizagem da leitura vem a partir do momnto em que a curiosidade se transforma em necessidade e esforço para alimentar o imaginário, desvendar os segredos do mundo e dar a conhecer