Leitura aplicada esquematizando e resumindo textos
16 de março de 2012 | 3h 10
O Estado de S.Paulo 1. A cidade de São Paulo encaminha para a reciclagem apenas 1,4% das 15 mil toneladas de lixo domiciliar produzidas diariamente pelos seus 11 milhões de habitantes. Nada menos que 60% do lixo reciclável separado pelos moradores em suas casas é despejado nos aterros comuns. As concessionárias responsáveis pelo serviço de coleta seletiva justificam a ineficiência e a baixa abrangência dos serviços com a falta de espaço, de estrutura e de mão de obra nas centrais de reciclagem, locais onde devem, de acordo com normas municipais, entregar os resíduos. A cidade mais rica do País patina há décadas na gestão dos resíduos sólidos, o que agrava a degradação ambiental e causa significativas perdas econômicas. Estudo do Ipea, de 2010, estima em R$ 749 milhões anuais o desperdício provocado pelo despejo de 1 milhão de toneladas de papel, papelão, aço, alumínio, vidro e plástico em aterros da capital. 2. As 21 centrais de triagem operadas por cooperativas de catadores de lixo atuam no limite da sua capacidade. Conforme as concessionárias Loga e Ecourbis, por não ter onde despejar o lixo reciclável, caminhões usados na coleta e transporte desse tipo de material nem sequer deixam as garagens. Grande parte do resíduo reciclável separado pela população acaba, assim, recolhida como lixo comum. A Secretaria Municipal de Serviços estuda modificar a legislação que exige a entrega dos recicláveis apenas para as centrais operadas por aquelas cooperativas. 3. Há muito mais a estudar e a realizar para fazer avançar a coleta seletiva. O gasto per capita com serviços de limpeza urbana em São Paulo é de R$ 73,63, muito inferior ao de outras metrópoles, como Nova York (R$ 239,56), Cidade do México (R$ 632,32) e Tóquio (R$ 1.036,48). Dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) mostram que, em 2010, a Prefeitura investia R$ 60 milhões mensais para a coleta, transporte e aterramento do lixo. Para a