LEITURA ANALITICA INTERTEXTUALIDADE Viviane Resende Vieira
LEITURA ANALÍTICA 2 – INTERTEXTUALIDADE
Viviane Ramalho1
Viviane de Melo Resende2
Neste capítulo, estudaremos uma característica básica de constituição da linguagem: a intertextualidade, isto é, as relações dialógicas que todos os textos, uma vez que são produtos sociais, estabelecem com outros textos.
Na primeira seção, discutimos o conceito de linguagem como prática social que fundamenta a concepção de textos como processos e produtos sociais que estabelecem elos de diálogo, produzindo sentidos. Na seção 2, apresentamos um tipo de manifestação da intertextualidade, relevante, sobretudo, para a compreensão leitora: a intertextualidade implícita. Na seção 3, abordamos um segundo tipo de relação intertextual: a intertextualidade explícita, amplamente utilizada em textos científicos.
Apresentamos algumas manifestações desse tipo de intertextualidade (como as citações de textos ou de parte de textos; as citações de vozes, em discurso direto ou indireto, e as paráfrases), além de normas gerais para fazer citação de textos alheios em trabalhos científicos. Esse conhecimento é essencial para seu bom desempenho nas dinâmicas de seleção, leitura, análise e produção de textos científico-acadêmicos. Antes de iniciarmos nossos estudos sobre intertextualidade, procure refletir sobre...
O que significa dizer que ‘todo texto é um elo numa cadeia virtualmente infinita de textos’? ...
TEXTO 1
TEXTO 2
TEXTO 3
TEXTO 4
...
Bakhtin (2003 [1979]), em Resende e Ramalho (no prelo).
1. Linguagem como prática social: (inter)ação e intertextualidade
Para entendermos como textos estabelecem elos de diálogo “numa cadeia virtualmente infinita” (Bakhtin, 2003: 317), produzindo sentidos, é preciso compreender que a linguagem é parte integrante das práticas sociais, socioculturalmente situadas, por
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Universidade de Brasília. Depto. de Linguística, Português e Línguas Clássicas/ Programa de PósGraduação em Linguística (UnB/LIP/PPGL). vivi@unb.br
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Universidade de Brasília.